Literatura e Arquitetura

Texto que relaciona alguns pensadores (e seus pensamentos) da literatura com a arquitetura:

Contaminações constitutivas do espaço urbano:
cultura urbana através da intertextualidade e do entre (1)
por Igor Guatelli

Partindo das teorias do semioticista russo Mikhail Bakhtine, Julia Kristeva cunhou o conceito de intertextualidade, dizendo que todo texto é absorção e transformação de uma multiplicidade de outros textos, ou ”todo texto se constrói como um mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto. No lugar da noção de intersubjetividade se instala a de intertextualidade” (2). Perrone-Moisés diz que “entende-se por intertextualidade esse trabalho constante de cada texto com relação aos outros, esse imenso e incessante diálogo entre obras que constitui a literatura. Cada obra surge como uma nova voz (ou um novo conjunto de vozes) que fará soar diferentemente as vozes anteriores, arrancando-lhes novas entonações – diálogo infinito/obra inacabada“ (3).

O conceito de intertextualidade, na literatura, é aplicável também na filosofia, como tem demonstrado Derrida em suas obras. Como podemos depreender das palavras de Kristeva e Perrone-Moisés, a intertextualidade de um espaço de intermediação entre diferentes vozes, um espaço surgido do diálogo entre diferentes obras, textos, não necessariamente pertencentes a uma mesma época histórica. Falando especificamente do espaço urbano,poderíamos discutir sobre o espaço de intermediação entre diferentes ações (a partir de diferentes vozes) com intenções conflitantes que poderiam engendrar novas possibilidades, possibilidades de des-territorializações e re-territorializações.

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