A Arca Russa (Russkiy Kovcheg), de Aleksandr Sokurov, 2002



Trezentos anos de história russa, mais de 2000 atores, em apenas um dia de gravação. Esta é a proposta do filme A Arca Russa. Dirigido de modo fragmentado, por Aleksandr Sokurovm, vemos o encontro de dois fantasmas a caminharem pelas obras de artes do Museu Hermitage de São Petersburgo. Sem entendermos bem o que discutem, somos fortemente impactados pelas obras de Rubens, Van Dick, Rembrandt e Rafael Sanzio.  A apresentação do museu é permeada com discussões entre as eminentes figuras históricas da Rússia. Encontramos Catarina II, conversando com seus netos, a primeira pessoa a investir em um acervo permanente do museu; passamos repentinamente pelo pedido de desculpas do Xá da Pérsia à Nicolau I; em uma ante-sala, a manutenção do Museu durante o governo de Stalin fica à cargo do intelectual Orbeli, preponderante figura para a administração do museu durante o século XX.
         
O que será essa arca russa que contém ente tantos segredos e histórias? Vidas que são recontadas em 33 salas que falam muito da sensibilidade humana diante de um patrimônio que margeia o desconhecido.

Por Estevan Ketzer

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