Cinema e Zizek



O Curso de Graduação em Filosofia, da Faculdade IDC, convida* a todos a participar da Sessão de Cinema, cujo filme em questão será O GUIA DE CINEMA, documentário de Sophie Fiennes e apresentação do filósofo e psicanalista esloveno SLAVOJ ZIZEK. 
Após a projeção, os professores do curso, Rafael Werner, Ronel Alberti, Jorge Machado e César Schirmer tecerão alguns comentários sobre o filme, oportunizando o debate a todos.

Data: 25/05/10, terça-feira
Horário: 19h15min.
Sala: Térreo
Endereço: Av.Vicente da Fontoura, 1578 - Porto Alegre-RS
Fone: 051-3028-4888
Inscrições: Gratuitas

Obs: a) Neste dia, a assinatura na lista de presença do evento valerá como presença em aula. 
*Favor divulgar junto aos amigos e familiares.

Segue abaixo uma breve sinopse do filme:


The Pervert's Guide to Cinema (O Guia do Cinema)
CINEASTA: Sophie Fiennes


GÊNERO: Documentário

DURAÇÃO: 150 minutos

SITE: http://www.thepervertsguide.com/


O cinema analisado às luzes da psicanálise, o filósofo e psicanalista eslavo, Slavoj Zizek (1949), é o guia deste documentário dirigido pela Inglesa Sophie Fiennes. Zizek aborda conceitos freudianos como Id, Superego, Ego e aborda diversos temas ligados à condição humana como: as pulsões, os desejos, a fantasia, o real e o imaginário, sempre colocando-se dentro do enredo dos filmes, como se estivesse inserido nos cenários reais.

The Pervert's Guide to Cinema
O que pode a psicanálise dizer-nos sobre o cinema? Esta é a pergunta a que THE PERVERT´S GUIDE TO CINEMA se propõe responder. O filme conduz o espectador através de uma estimulante viagem por alguns dos maiores filmes de sempre. O guia e apresentador é Slavoj Zizek (lê-se Slavói Chichec), o carismático filósofo e psicanalista esloveno. Na sua apaixonada abordagem ao pensamento, vasculha a linguagem escondida do cinema, revelando o que os filmes podem dizer-nos sobre nós próprios. Seja destrinçando os enigmáticos filmes de David Lynch, ou deitando por terra tudo o que se pensava saber sobre Hitchcock. O filme estrutura-se a partir do próprio mundo dos filmes que discute; filmado em ambientes originais ou em réplicas dos cenários, cria-se a ilusão que Zizek fala a partir do interior dos próprios filmes. “The Birds” e “Psycho”, de Hitchcock são abordados por Zizek, considerando que aquele realizador é, provavelmente, o mais freudiano de todos. Prestem atenção à comparação que Zizek faz entre os três andares da assustadora mansão de Norman Bates (“Psycho”) e o conceito freudiano de Id, Ego e Superego. O psicanalista esloveno expõe os seus argumentos de forma tão natural e convincente e ao mesmo tempo tão rápida, que a nossa mente começa a girar vertiginosamente. Está estruturada em três partes: a primeira, está dedicada a Alfred Hitchcock e Lynch, e é sobre a diferença entre a realidade e os desejos; a segunda, é sobre a libido e a terceira é sobre a eficiência das aparências, centrada principalmente na obra de Tarkovsky e Chaplin. Vale destacar que Zizek se despe do jargão acadêmico de filósofo, embarcando num registro que lhe permite intercalar alguns momentos em que expõe raciocínios conceitualmente apurados com outros em que mostra toda a sua comicidade. Do que fala ele então? Pode-se dizer, embora com algum risco, que Zizek consegue a proeza de abordar todos os aspectos que comumente se associam à psicologia. Conceitos como real, imaginário, consciente, inconsciente, desejo e fantasia fazem parte do vocabulário dele, sendo que o seu grande esforço é tornar simples e acessível às massas a tradução da psicanálise lacaniana (da qual é discípulo). Para ele, o cinema é a arte que reúne as melhores características quando o objetivo é comunicar certas noções da psicologia: o cinema não só é uma mescla perfeita entre imagem, linguagem e som, como tem a virtude de pertencer à cultura popular. Uma viagem imperdível.

Slavoj Zizek é filósofo, psicanalista, e investigador esloveno, nascido em 1949, que pode-se dizer estar “na moda”. Atualmente Zizek vive entre Buenos Aires, Liubliana e Nova Iorque, leciona em universidades norte-americanas e européias. É vivo, especulativo, provocador, sagaz, e está quase sempre em trânsito. É onipresente nos grandes centros de discussão e move-se com grande facilidade tanto nos meios acadêmicos, como mediáticos, apesar do seu inglês “macarrônico”. Seus livros se baseiam nas suas opiniões sobre os mais diversos temas da atualidade, pela sua descontração, capacidade de comunicação e o prazer de entrar nos momentos de intimidade e quotidiano. Também já foi candidato derrotado à presidência da Eslovênia, em 1990.

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